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segunda-feira, 2 de abril de 2012

O Cordeiro verdadeiro

 

O manso cordeiro

Jeremias 11,18-20; João 7,40-53


Mais uma vez somos colocados diante de Jeremias, figura de Jesus. Vale transcrever a dolente e confiante prece do profeta que podemos colocar nos lábios de Cristo: “Eu era como um manso cordeiro levado ao sacrifício, e não sabia que tramavam contra mim. Vamos cortar a árvore em toda a sua força, eliminá-lo do mundo dos vivos, para seu nome não ser lembrado”.
Um dos mais belos títulos atribuído a Jesus, já pela boca de João Batista, é o ser o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. O Pai não é nenhum carrasco e não se compraz nas  torturas que são infligidas ao Filho.  O Missal Cotidiano da Paulus assim reflete sobre esse tema: “ Em Jeremias, como em Cristo,  há um aspecto trágico:  o conhecimento do destino trágico que lhe preparam os inimigos, sem a possibilidade de evitá-lo. Não pode  fazer outra coisa senão pôr-se nas mãos de Deus e esperar que este venha salvá-lo no cumprimento deste destino. O drama de sua vocação, como de toda verdadeira vocação, é a necessária repercussão do mistério de Deus na vida do homem.  Quem de Deus tem apenas uma ideia ou uma definição  provavelmente nunca provará o drama do seu encontro  e nunca terá de se despojar de si e perder-se  (cf. Mt  10,39)  para identificar-se com a vontade de Deus.  Deus, porém, mesmo em seu mistério fulgurante, não esmaga a liberdade do homem;  dar-se-á somente  àquele que tiver o direito de cativá-lo”  (p. 280).
Jesus é o verdadeiro cordeiro de Deus. Ele vai caminhando por entre  as alegrias e as preocupações da vida…  Vai sendo ele mesmo e sempre se entregando ao Pai no mistério da oração no deserto, afirmando sempre a verdade mais lídima,  colando-se obedientemente à disposição do Pai.  Vai se oferecendo ao Pai, como um cordeiro sem mancha.  Nessa oferenda, ele salva o mundo do caos, das trevas e do nada.  Jesus  não tem de Deus uma ideia, mas é seu Pai, seu Pai amado, como o qual se envolve incondicionalmente.
Na Eucaristia, no regime do sinal do Pão e do  Vinho, temos junto de nós sacramentalmente, o Cordeiro que tira o pecado do mundo.  Dia após dia, junto com Cristo, na Eucaristia  ganhamos as graças advindas. A árvore cortada em todo o seu esplendor…
Que bom contemplar o Pão branco na hora da comunhão quando o Ministro nos diz:  Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo!
Frei Almir Ribeiro Guimarães
fonte: http://www.franciscanos.org.br/n/?p=13357

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